sexta-feira, 29 de março de 2013

Os Animais são uns Bichos Interessantes

(Enviada para o Pedro)
Sempre gostei muito de animais de estimação no geral. Ao contrário do resto da minha família, nunca me incomodei com o cheiro de lojas de animais ou cachorros molhados. Porém, nunca pude ter cachorros, gatos ou nenhum desses tipos de bichos que toda a criança quer ter quando pequena. Sempre tive de me contentar com peixes que, sinceramente, sempre fizeram mais parte da decoração. O que eu sempre quis realmente era um bichinho com que eu pudesse brincar. Embora goste tanto de animais, devo dizer que minha relação com eles tem certas restrições. Por exemplo, não me importo com qualquer tipo de animal peludo que não possa me transmitir raiva e\ou tétano. Mas não coloque qualquer tipo de inseto maior que uma formiga perto de mim. E quando digo isso, falo sério.

 Não porque sou menina ou por qualquer outro tipo de estereotipo machista. Já conheci meninas que quando veêm uma barata só a esmagam sem hesitar e meninos que dizem que quando uma barata voa ninguém é macho. Meu problema com esses pequenos animais são... Aquelas patinhas. Os movimentos inesperados. Como grudam na parede e podem entrar nos lugares mais inoportunos. Na verdade também nunca fui muito fã de répteis ou até mesmo anfíbios. Sapos por exemplo. Mas vocês não podem me culpar. Depois de ver um sapo morto em processo de decomposição, com até algumas moscas rodeando a cabeça, quando pequena, minha visão sobre esses bichos nunca mais foi a mesma. ESPECIALMENTE depois de ouvir estórias sobre sapos que fizeram xixi no olho das pessoas. Sinceramente, caro leitor, sou uma pessoa muito fresca. Até com cavalos consigo implicar. Se subo em cima deles e eles relincham, a primeira coisa que quero fazer é descer imediatamente. E se cuspirem em mim eu não me responsabilizo por meus atos! E com pássaros? Bem, acho que são bichos de incrível beleza e inteligência, desde que não voem na minha direção inesperadamente e não me biquem.

Na verdade, se eu analisar por completo cada característica desses típicos animais domesticados sempre vou achar alguma com que não me sinto confortável. Cachorros: animais leais, brincalhões e com aquela adorável linguinha pendendo pra fora da boca, mas se latirem muito alto e pularem em mim ( nesse caso se forem muito grandes) procuro manter uma distância confortável deles. Gatos: lindos, silenciosos e carinhosos, mas se me arranharem minha confiança neles cai para zero. Até mesmo animais que posso classificar como meus favoritos e com que não costumo interagir posso achar essas características: corujas, bichos inteligentes e interessantes, mas que definitivamente me intimidam com aquelas garras e me assustariam com seu pio em uma noite escura.

Acho que o único animal com que não consigo implicar ou achar qualquer defeito são os coelhos. Seus olhos têm certa inocência, suas orelhinhas grandes e que parecem escutar tudo, o jeito fofo como andam saltando, que comem rápido, com várias mordidas seguidas, o seu jeito tão quietinho e é claro sua característica que mais me encanta: seu nariz. Coelhos tem um jeito especial de mexer o nariz, com movimentos bem rápidos, para cima e para baixo, como se estivessem farejando alguma coisa. Quando eu tinha 8 anos ganhei um coelho: Pingo. Ou Pingo de Mel, seu nome completo. Durante o tempo que o tive desenvolvi uma teoria: já que coelhos não falam, o movimento dos seus narizes é a sua forma de comunicação. Infelizmente, Pingo não respondia as minhas tentativas de falar com ele.

Embora seja uma pessoa muito medrosa e fresca quando se trata de animais, acho que em muitos aspectos os bichos têm muito a nos ensinar, e até hoje gostaria de ter um. Há uma famosa frase que diz “Quanto mais conheço a humanidade, mais eu gosto do meu cão”. Agora eu só tenho que arranjar um cachorro para mim.

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