Sempre gostei muito de animais de estimação no geral. Ao contrário do resto da minha família,
nunca me incomodei com o cheiro de lojas de animais ou cachorros molhados. Porém,
nunca pude ter cachorros, gatos ou nenhum desses tipos de bichos que toda a
criança quer ter quando pequena. Sempre tive de me contentar com peixes que,
sinceramente, sempre fizeram mais parte da decoração. O que eu sempre quis
realmente era um bichinho com que eu pudesse brincar. Embora goste tanto de
animais, devo dizer que minha relação com eles tem certas restrições. Por
exemplo, não me importo com qualquer tipo de animal peludo que não possa me
transmitir raiva e\ou tétano. Mas não coloque qualquer tipo de inseto
maior que uma formiga perto de mim. E quando digo isso, falo sério.
Não porque sou menina ou por
qualquer outro tipo de estereotipo machista. Já conheci meninas que quando veêm uma barata só a esmagam sem
hesitar e meninos que dizem que quando uma barata voa ninguém é macho. Meu
problema com esses pequenos animais são... Aquelas patinhas. Os movimentos
inesperados. Como grudam na parede e podem entrar nos lugares mais inoportunos.
Na verdade também nunca fui muito fã de répteis
ou até mesmo anfíbios. Sapos por exemplo. Mas vocês não podem me culpar. Depois
de ver um sapo morto em processo de decomposição, com até algumas moscas
rodeando a cabeça, quando pequena, minha visão sobre esses bichos nunca
mais foi a mesma. ESPECIALMENTE depois de ouvir estórias sobre sapos que
fizeram xixi no olho das pessoas. Sinceramente, caro leitor, sou uma pessoa
muito fresca. Até com cavalos consigo implicar. Se subo em cima deles e eles
relincham, a primeira coisa que quero fazer é descer imediatamente. E se
cuspirem em mim eu não me responsabilizo por meus atos! E com pássaros? Bem,
acho que são bichos de incrível beleza e inteligência, desde que não voem
na minha direção inesperadamente e não me biquem.
Na verdade, se eu analisar por completo cada característica desses típicos
animais domesticados sempre vou achar alguma com que não me sinto confortável.
Cachorros: animais leais, brincalhões e com aquela adorável linguinha pendendo
pra fora da boca, mas se latirem muito alto e pularem em mim ( nesse caso se
forem muito grandes) procuro manter uma distância
confortável deles. Gatos: lindos, silenciosos e carinhosos, mas se me
arranharem minha confiança neles cai para zero. Até mesmo animais que posso classificar
como meus favoritos e com que não costumo interagir posso achar essas
características: corujas, bichos inteligentes e interessantes, mas que
definitivamente me intimidam com aquelas garras e me assustariam com seu pio em
uma noite escura.
Acho que o único animal com que não consigo implicar ou achar qualquer
defeito são os coelhos. Seus olhos têm certa inocência, suas orelhinhas grandes
e que parecem escutar tudo, o jeito fofo como andam saltando, que comem rápido,
com várias mordidas seguidas, o
seu jeito tão quietinho e é claro sua característica que mais me encanta: seu
nariz. Coelhos tem um jeito especial de mexer o nariz, com movimentos bem
rápidos, para cima e para baixo, como se estivessem farejando alguma coisa.
Quando eu tinha 8 anos ganhei um coelho: Pingo. Ou Pingo de Mel, seu nome
completo. Durante o tempo que o tive desenvolvi uma teoria: já que coelhos não
falam, o movimento dos seus narizes é a sua forma de comunicação.
Infelizmente, Pingo não respondia as minhas tentativas de falar com ele.
Embora seja uma pessoa muito medrosa e fresca quando se trata de animais,
acho que em muitos aspectos os bichos têm muito a nos ensinar, e até hoje
gostaria de ter um. Há uma famosa frase que diz “Quanto mais conheço a
humanidade, mais eu gosto do meu cão”. Agora eu só tenho que arranjar um
cachorro para mim.
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