quarta-feira, 26 de junho de 2013

Anomalias do Cotidiano

Se você notar bem enquanto anda na rua, ou está sentado no ônibus, todas as pessoas que te cercam são extremamente estranhas. Sempre vai ter aquela figura de idade mais avançada, que vai estar trazendo consigo um minúsculo cachorrinho, e até mesmo aquele morador de rua que toda vez que alguém passa á sua frente, grita alguma palavra monossilábica, não sabemos se é para chamar nossa atenção, ou só para assustar mesmo. E mesmo essas pessoas que não se destacam tanto na multidão, tem sempre uma característica estranha, basta conhecê-las.  Por isso o melhor exemplo de pessoas estranhas que podemos dar são aquelas que estão mais perto de nós, colegas, amigos e familiares.
Por exemplo: aquele momento em que todos á sua volta estão em momento de meditação profunda e você só precisa bater o olho nelas para saber que estão em uma dimensão completamente diferente da sua. Há aqueles que se recostam na parede e quase começam a dormir, aqueles que se mexem quase involuntariamente em um movimento de dança, e aqueles que de tão concentrados quase caem da cadeira.
Existem também aqueles hábitos estranhos que não estão incluídos na categoria do que chamamos de “brisar”. Por exemplo, que nunca teve aquele amigo que nos momentos mais inoportunos, como no meio da aula de inglês, ou enquanto jogam RPG, começam a cantar as músicas da Dolly Guaraná. Ou aquele amigo completamente louco que resolve que quer subir nas escadas rolantes que descem e descer nas escadas rolantes que sobem. E não podemos esquecer daquele amigo que você até incorpora o hábito, de tanto tempo que passa junto dele, e se pega falando algo como “Que bonito, que gostoso, que legal”, ou “que feijão bonito!”. E é nesses momentos que você percebe que é um caso perdido.

Todos temos hábitos estranhos: aqueles que notamos e aqueles que só os outros percebem. Desde aquele tom de voz engraçado, as risadas esganiçadas, e todas as caretas que as vezes nem notamos e rezamos para que não notem também, mas que na verdade todos percebem, até o modo incomum como dormimos, tudo é acrescentados naquela listinha mental que todos temos, intitulada de “Hábitos Estranhos do meu Amigo”. Por isso enquanto escrevia essa crônica comecei a pensar: será que as pessoas notam meus hábitos estranhos? Ou será que eu mesma tenho conhecimento de todos eles? Por isso, assim que terminar de escrever isso, vou ligar para algum amigo a perguntar: eu sou assim tão estranha?

Um comentário:

  1. Não deixa tocar no seu pé, não corta as unhas dos pés e não deixa cortar porque não gosta que toquem nos seus pés...

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